PCC monitorava secretário de segurança e delegados no DF, diz polícia

De Jéssica Eufrásio e
Relatórios de inteligência identificaram que autoridades do Distrito Federal poderiam ser vítimas do Primeiro Comando da Capital (PCC). O Correio apurou que, entre os alvos monitorados pela facção, estava o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. Além do chefe da pasta, delegados tiveram informações pessoais difundidas entre criminosos, e uma juíza da Vara de Execuções Penais (VEP) sofreu ameaças em um bilhete encontrado na Penitenciária Federal em Brasília.
A movimentação da organização criminosa acendeu o alerta dos investigadores. Na manhã desta terça-feira (7/1), a Polícia Civil do DF deflagrou a Operação Guardiã 61 para desarticular uma célula do PCC em Brasília. Oito alvos da ação estavam presos preventivamente no Complexo Penitenciário da Papuda por tráfico de drogas, roubo e receptação. No total, a Justiça emitiu 14 mandados de prisão preventiva. Os investigadores cumpriram, ainda, cinco mandados de busca e apreensão, em Taguatinga e no Jardins Mangueiral, inclusive contra advogados que dariam suporte à facção na capital federal.
Até agora, a polícia desconfia que existam 30 integrantes da célula do PCC no DF. O surgimento de um braço da organização criminosa em Brasília é monitorado pelas forças de segurança desde a transferência de integrantes da cúpula do grupo para Brasília, em 2018 e 2019, incluindo Marcos Willians Herbas Camacho — o Marcola. Dos 14 mandados de prisão, seis seguem em aberto. A polícia deve cumprir três deles nos próximos dias, em uma nova fase da operação.
(…)