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PCC usa doleiros e já fatura mais de R$ 400 milhões

Reportagem de Marcelo Godoy no Estado de S.Paulo aponta que os negócios particulares dos líderes do PCC e da própria facção têm um faturamento estimado pela inteligência policial em, no mínimo, R$ 400 milhões por ano. Alguns policiais acreditam que esse número pode chegar a cerca de R$ 800 milhões, o que colocaria o PCC entre as 500 maiores empresas do Brasil, diz o jornal.

Seu tamanho dependeria da quantidade de drogas que o cartel liderado por Fuminho e os líderes do PCC conseguem exportar nos Portos de Santos, Itajaí, Rio e Fortaleza. O Estadão diz que estimativas conservadoras fixam em 1 tonelada por mês, enquanto analistas policiais consideram que esse número corresponde apenas ao movimento de uma semana.

O Estado de S.Paulo diz que, entre as descobertas feitas pela inteligência policial, estão remessas da facção para um doleiro da capital paulista. Em 9 de dezembro de 2017, um dos grupos responsáveis pelo tráfico internacional de drogas entregou R$ 1.464.118 ao doleiro. Em 16 de dezembro, foram enviados mais R$ 1.522.374 e no dia 21, R$ 1.105.651. Em duas semanas, a soma chega a mais de R$ 4 milhões. A contabilidade mostra que em uma única vez, em dezembro de 2017, o bando gastou R$ 2,5 mil para comprar malas para entregar o dinheiro.

As remessas continuaram em janeiro deste ano. Segundo as investigações, a facção entregava reais ao doleiro e recebia dólares, por meio do sistema dólar cabo, na Bolívia e no Paraguai, para pagar a produção das drogas – cocaína e maconha. O sistema de lavagem da facção inclui ainda a compra de postos de gasolina, 200 deles estão nas mãos de laranjas que trabalham para um bandido conhecido como Flavinho, diz o jornal.

Lembrando que a organização criminosa é acusada de ter feito acordo com o governo de São Paulo sob Geraldo Alckmin.

Marcola, chefe do PCC