Apoie o DCM

Pesquisa aponta que Brasil é líder mundial em compartilhamento de fake news sobre cloroquina

Reprodução

Da coluna de Ancelmo.com no Globo:

De acordo com a base de dados da International Fact Checking Network, rede de especialistas e jornalistas unidos no combate às “fake news”, o Brasil não liderou, durante a pandemia, a produção de “fake news” no mundo. Tivemos por aqui 703 notícias falsas criadas em função do novo coronavírus, menos que Indía (1.715) e Estados Unidos (1.018). O problema é que estamos isolados quanto ao conteúdo da desinformação. O Brasil lidera na tentativa de enganar a população com notícias sobre a eficácia de medicamentos, por exemplo. Mais de 70% das “fake news” criadas sobre a Cloroquina, a partir de maio, tiveram origem por aqui. Outro detalhe do tipo de desinformação por aqui: os alvos recorrentes das notícias não são o presidente, mais sim os governadores. Das 102 menções feitas a “governadores” em todo o mundo, metade saíram do Brasil.

– Um ponto interessante é que essas informações aparecem em outros paises, mas deixam de circular conforme são desmentidas, enquanto no Brasil elas se tornaram uma pauta essencialmente política.  No Brasil, a defesa de medicamentos sem eficácia comprovada parece partir de figuras com posições políticas claras, explica João Guilherme Bastos dos Santos, doutor em comunicação pela Uerj.

Diante dos termos usados nas notícias falsas repassadas por aqui, da insistência em determinados assuntos e a manutenção de certos alvos, há uma forte evidência de que o país está se distanciando do debate científico em andamento em todo o mundo.

(…)