Pesquisa diz que 62,8% são contra Eduardo na embaixada nos EUA e 81,8% se opõem a garimpo em área indígena

Do El País:
“Vou nomear, sim. E quem disser que não vai mais votar em mim, lamento”, repetiu Jair Bolsonaro no mês passado, em uma das inúmeras vezes em que teve de defender sua decisão de indicar o filho Eduardo, de 35 anos, para posto de embaixador nos Estados Unidos. A resistência ao desejo do mandatário, que aparecia em comentários nas redes sociais e nas declarações até de aliados, agora tem uma cifra: 62,8% dos brasileiros, segundo uma pesquisa inédita da consultoria Atlas Político, se opõem a que Eduardo deixe seu mandato de deputado para assumir um dos cargos mais nobres da diplomacia brasileira —o que para ser tornar efetivo ainda depende da aprovação do Senado. Outros 29,1% se dizem favoráveis e 8,1% não quiseram ou não souberam responder.
O levantamento, com 2.000 entrevistados recrutados pela Internet e com dois pontos percentuais na margem de erro, foi feito entre o último domingo e segunda-feira, 28 e 29 de julho, e registra uma oposição da opinião pública ainda maior quando o tema é exploração de reservas indígenas e ambientais na Amazônia, outro tema caro ao presidente. Na pesquisa, nada menos que 81,8% de dizem contra a extração de madeira e minério nas áreas protegidas da floresta, contra apenas 12,9% que se dizem a favor.
A pesquisa também mostra estabilidade para a aprovação de Jair Bolsonaro, que acaba de completar 200 dias na presidência. Sua aprovação está em 31%, em comparação aos 30,4% medidos pelo Atlas Político em junho. Já a desaprovação teve um pequeno repique, passando de 37,4% em junho para 39,3% agora. Pela primeira vez, há empate técnico entre quem tem imagem negativa de Bolsonaro (46,8%) e positiva (46,2%).
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