Petistas criticam alianças, conservadorismo e instabilidade econômica do governo
Críticas ao governo Dilma Rousseff, pregações contra a aliança com o PMDB e inconformismo com o leilão do campo de Libra marcaram o último debate entre os seis candidatos à presidência do PT, na noite de quinta-feira, em Brasília. O vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) chegou a ser chamado de “sabotador” por um dos concorrentes e a administração de Dilma foi definida como “conservadora” e de “instabilidade” econômica.
Ao defender o governo e a parceria com o PMDB, o presidente do PT, Rui Falcão, ouviu vaias da plateia e até gritos de “pelego” vindos do fundo do auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde foi realizado o debate. Provável coordenador da campanha de Dilma em 2014, e candidato a novo mandato no PT, o deputado disse ter visto com “muita melancolia” os ataques à administração petista.
“Às vezes dá a impressão de que somos oposição ao nosso governo”, afirmou Falcão, que acabou aplaudido. “Devemos defender o governo da presidenta Dilma e manter a aliança com o PMDB e com os outros partidos da coligação. Qual é a política de alianças que se põe no lugar dessa?”, indagou Falcão.
Revoltados, petistas se queixaram de Temer, do senador José Sarney, do governador do Rio, Sérgio Cabral, e do vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli, todos do PMDB. “Não concordo com a proposta de retirar Filippelli da chapa do governador Agnelo Queiroz (PT)”, insistiu Falcão, favorito na disputa com o apoio da corrente Construindo um novo Brasil (CNB), majoritária no PT.
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