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PF faz operação contra desvios de R$ 130 milhões em impressão de provas do Enem

Polícia Federal realiza busca e apreensão de celulares e documentos na residência de duas pessoas, em Belém (PA), suspeitas de fraudar o Enem – Foto: Divulgação Polícia Federal

A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira (7), uma ação para apurar suspeitas de corrupção em contratos de gráficas que imprimiram provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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Batizada de Operação Bancarrota, a ação conta com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU) e cumpre 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. São investigados servidores do Instituto Nacional de Estudos Educacionais (Inep).

Segundo a investigação, houve superfaturamento de R$ 130 milhões nas contratações. 127 policiais federais e 13 auditores da CGU foram destacados para o cumprimento das diligências.

“Apurou-se o envolvimento de servidores do Inep com diretores da referida empresa, bem como com empresas de consultoria subcontratadas pela multinacional”, diz o Inep em nota divulgada hoje.

A suspeita é de que o esquema teria se iniciado no governo Dilma Rousseff e continuado até os primeiros meses do mandato de Jair Bolsonaro.

A PF analisa ainda contratos de R$ 728 milhões com a R.R Donnelley, firmados entre 2010 e 2018, e outro de R$ 153 milhões assinado com a Valid S.A. O Inep teria contratado as duas multinacionais sem observar as normas de inexigibilidade de licitação.

Enem corre risco de acabar em 2022

O Exame Nacional do Ensino Médio pode estar acabando e está ameaçado em 2022. O Banco Nacional de Itens (BNI), que reúne questões da prova, não é alimentado desde novas perguntas há anos. Membros do Inep disseram que não há perguntas disponíveis para a próxima versão do exame.

Desde o fim do governo temer, o BNI nunca recebeu novos itens, ao contrário do que ocorria todos os anos. A falta de perguntas explica, por exemplo, por que não houve uma só questão ou texto citando a pandemia. As últimas questões foram incluídas no banco há três anos.

O Inep já teve quatro presidentes durante o governo Bolsonaro. O comando da diretoria de Avaliação da Educação Básica também teve alta rotatividade, com seis diretores nesse período. O cargo ficou quase cinco meses sem titular em 2019. A informação é do Globo.

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