PF diz que militares usaram carro do Exército em plano para matar Moraes e Lula

A Polícia Federal (PF) identificou que veículos do Exército teriam sido usados em operações de vigilância contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações apontam que os carros foram empregados para monitorar o apartamento funcional do magistrado e outros locais estratégicos, como parte de um suposto plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023. A operação desta terça-feira (19) resultou na prisão de cinco militares e na determinação do STF para afastar três membros da ativa de suas funções.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Exército informações detalhadas sobre o itinerário dos veículos utilizados nas ações. Além disso, Moraes ordenou a apreensão de passaportes dos investigados e o depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, nesta terça – Cid é apontado como um dos principais articuladores do esquema e teve seu acordo de delação premiada colocado sob reavaliação.

As investigações também envolvem Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, com suspeitas de troca de informações sobre os movimentos de integrantes do STF. A PF continua a aprofundar as apurações sobre o suposto plano, que incluiria até mesmo ameaças à vida de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes.

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