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PF investiga movimentações milionárias de ex-bombeiro envolvido na morte de Marielle

O ex-bombeiro Maxwell Simões. Foto: Hermes de Paula/Agência O Globo

A movimentação financeira em contas ligadas ao ex-bombeiro Maxwell Corrêa, o Suel, entraram na mira da Polícia Federal. Preso na última segunda-feira (24) por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, Suel chegou a movimentar R$ 5,3 milhões em apenas três meses em empresas que era proprietário ou sócio.

De acordo com a análise dos investigadores, com base em dados enviados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), foi identificado um aumento na renda do ex-militar incompatível com o salário que ele recebia, de R$ 10 mil.

“De acordo com as informações do Coaf, Maxwell movimentou no período de 01/04/2014 a 11/03/2019 R$ 1.110.030,00 (um milhão, cento e dez mil e trinta reais), sendo R$ 559.348,89 em créditos e R$ 550.682,92 em débitos, conforme falado anteriormente esses valores movimentados são incompatíveis para renda declarada”, aponta o relatório sobre a conta pessoal do ex-bombeiro.

A análise da polícia aponta indícios do crime de lavagem de dinheiro. “Houve uma movimentação expressiva de recursos financeiros pela empresa, e tal fato é muito comum em investigações de lavagem de dinheiro onde são criadas empresas de fachada onde a conta bancária da pessoa jurídica é utilizada como conta de passagem de recursos financeiros, dificultando assim, qualquer investigação pelos órgãos de controle”.

Apesar do montante milionário, a declaração da empresa no capital social é de R$ 30.000,00 anuais. No inquérito, os policiais detalham os pagamentos de entrada e saída das empresas, com pagamentos a pessoas ligadas a Suel, à esposa dele, familiares e sócios, em reiteradas datas em altos valores.

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