PF notifica aeroporto de Brasília após racismo contra baluarte da Portela

No Aeroporto Internacional de Brasília, a ex-porta-bandeira da Portela, Vilma Nascimento, de 85 anos, recentemente denunciou ter sido vítima de racismo ao ser erroneamente acusada de furto. O caso ganhou grande visibilidade, levando quatro ministérios a acionarem a Polícia Federal (PF) para investigar o ocorrido. Além disso, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJSP), notificou o aeroporto, exigindo esclarecimentos no prazo de 24 horas.
Os ministérios da Igualdade Racial (MIR), de Portos e Aeroportos (MIN Portos), dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH) e da Justiça e Segurança Pública (MJSP) uniram forças, destacando o episódio como uma “prática irrazoável, desnecessária e com traços de discriminação racial”. No ofício enviado à PF, eles pressionam pela responsabilização dos envolvidos.
A Senacon, por sua vez, ressaltou a gravidade do incidente ao notificar o aeroporto, enfatizando a necessidade de esclarecimentos imediatos. O prazo para resposta estabelecido é de 24 horas. A denúncia envolve a empresa Dufry Brasil, e os ministérios instam uma apuração rigorosa do caso. Em um comunicado à imprensa, Wadih Damous, secretário nacional do Consumidor, declarou:
“O aeroporto de Brasília, considerado o melhor do Brasil, deve implementar um plano de ação envolvendo todas as lojas que comercializam produtos ou prestam serviços nas dependências do aeroporto. Nós não aceitamos, em hipótese alguma, práticas repulsivas como essa. O racismo é uma praga, que tem de ser exterminada aqui em nosso país.”