A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (30), no Amapá, o pré-candidato de Jair Bolsonaro (PSC) para disputar uma vaga no Senado em 2018. O promotor Moisés Rivaldo foi alvo de um mandado por exploração ilegal de ouro, com uso de mão de obra análoga à escravidão.
O aliado de Bolsonaro, que é pré-candidato à Presidência da República, foi promotor de Justiça e atualmente é secretário de Educação no Amapá. A Operação Minamata, que prendeu Rivaldo, cumpriu 6 mandados de prisão preventiva, 5 de prisão temporária, 8 de condução coercitiva, 30 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de mais de R$ 113 milhões em bens móveis e imóveis, nos estados do Amapá, São Paulo e Rio de Janeiro.
A operação da PF, em conjunto com o Ministério Público Federal, tem como objetivo desarticular organização criminosa formada por empresários, políticos e agentes públicos responsáveis pela exploração depredatória de ouro e outros recursos naturais utilizando-se de mão de obra submetida a condições de trabalho análogas à de escravo.
Dentre as empresas investigadas, estão Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários que atuam como intermediárias nos mercados financeiro e de capitais em todo país.
Os empresários utilizaram uma cooperativa de garimpeiros que se instalou na área do Lourenço, o mais velho garimpo em atividade do país. A organização criminosa se aproveitava das políticas públicas, que fomentavam a inclusão social dessas comunidades de trabalhadores, para atuar de forma clandestina na extração de ouro, encobrindo propósitos de exploração em larga escala sob o argumento da pesquisa mineral e lavra artesanal de pequena monta. Os danos ambientais são incalculáveis.
Os investigadores suspeitam que o grupo criminoso, com a finalidade de aumentar a exploração de ouro, tenha incentivado o uso em escala indiscriminada de substâncias tóxicas e metais pesados, como mercúrio e, até mesmo, cianeto, uma substância cujo contato pode ocasionar a morte de uma pessoa. Segundo os policiais pode ter havido, pelo menos, 24 mortes, em sua maioria por soterramento, decorrentes de condições precárias de trabalho.
A operação, iniciada em 2016, conta com a colaboração do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, IBAMA, Departamento Nacional de Produção Mineral, da Defensoria Pública da União e da Polícia Rodoviária Federal. A atuação conjunta dos órgãos tem por objetivo reprimir a ação criminosa de grupos contra o meio ambiente, impedindo que trabalhadores da região sejam explorados em condições subumanas.
Os investigados responderão pelos crimes de redução à condição análoga a de escravo, corrupção passiva, prevaricação, usurpação de matéria prima da União, extração ilegal de substâncias minerais, lavra ou extração não autorizada, uso ilícito de mercúrio, crime contra a fauna aquática, posse de artefato explosivo, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O nome da operação é uma referência ao envenenamento de centenas de pessoas por mercúrio ocorrido na cidade de Minamata, no Japão, nas décadas de cinquenta e sessenta.
A transmissão do show de Madonna na Globo, realizado neste sábado (4) na praia de…
O navio a vapor de madeira Adella Shores, que desapareceu há 115 anos com 14…
Madonna causou furor na Praia de Copacabana durante o show de encerramento da "The Celebration…
Durante o show da cantora pop Madonna na noite deste sábado (4), no Rio de…
Militares do 2º Batalhão de Aviação do Exército mobilizaram um helicóptero para salvar um bebê…
As intensas chuvas no Rio Grande do Sul, que resultaram em inúmeras fatalidades e uma…