PF suspeita que Bolsonaro utilizava mais de um aparelho celular para repassar mensagens golpistas

A Polícia Federal (PF) suspeita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizava diferentes aparelhos para se comunicar. A hipótese é considerada desde maio, quando a PF fez uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente no bairro do Jardim Botânico, em Brasília.
As ações em questão ocorriam no âmbito do inquérito que investigava a inserção de dados fraudulentos no sistema do ministério da Saúde. O celular apreendido à época não tinha senha, o que chamou atenção dos investigadores.
Na última terça-feira (22), Bolsonaro foi intimado a depor à PF no âmbito da investigação sobre um grupo de empresários que discutiu um golpe de Estado por WhatsApp. Em uma das conversas interceptadas, o ex-presidente chegou a pedir a um empresário para “repassar ao máximo” uma mensagem que insinuava, sem provas, uma fraude do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas eleições do ano passado, e ainda continha ataques ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso.
A mensagem foi enviada ao empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, em junho do ano passado, por um contato identificado como “Pr Bolsonaro 8” — que a PF afirma ser do ex-presidente e aponta para a hipótese de que o presidente usava mais de um aparelho.

Na última quarta-feira (23), em entrevista à Folha, Bolsonaro confirmou ter enviado a mensagem em questão durante um voo de Brasília a São Paulo. “Mandei mesmo. Qual o problema?”, disse.
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