PF tem mais de mil grampos de Milton Ribeiro e outros investigados em escândalo no MEC
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Foto: Reprodução
A Polícia Federal tem cerca de 1,8 mil conversas telefônicas e mensagens interceptadas do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e de outros investigados referentes ao escândalo no MEC, segundo o colunista Igor Gadelha, no Metrópoles.
O material já foi encaminhado para a defesa de Ribeiro, que montou uma força-tarefa com ao menos seis advogados para analisar com cuidado as conversas grampeadas e preparar a estratégia de defesa.
Em um desses grampos, inclusive, foi encontrada uma conversa em que o ex-ministro contou à filha que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria o avisado sobre um “pressentimento” de que Ribeiro seria alvo de busca e apreensão.
A interceptação foi autorizada pela Justiça Federal. Nessa análise, a PF descobriu que o ex-ministro e outros investigados tinham celulares secretos.
A operação da Polícia Federal contra Ribeiro ocorreu na quarta-feira (22), quando ele e outros pastores foram presos, acusados de tráfico de influência no Ministério da Educação.
A menção do nome do presidente levou o Ministério Público Federal a pedir o envio da investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o MPF houve indícios de vazamento e “possível interferência ilícita por parte do presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações”. Com isso, o inquérito volta para a relatoria da ministra Cármen Lúcia, que havia enviado o caso para a primeira instância após Ribeiro pedir demissão do MEC.