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PF vê acirramento político e pede ajuda a estados para a proteção dos presidenciáveis

Delegados da PF aprovam medidas para pressionar governo
Agentes da Polícia Federal
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal é diretamente responsável pela proteção dos candidatos à Presidência —com exceção do presidente Jair Bolsonaro (PL), que fica sob os cuidados do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Por isso, o órgão decidiu acionar forças estaduais para reforçar os cuidados com a segurança de presidenciáveis na eleição. A direção do órgão orientou suas 27 superintendências regionais a fazerem contato com as respectivas secretarias de Segurança nos estados para mobilizar esforços no processo.

Líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o que terá o maior efetivo envolvido, decisão que obedece regra interna da PF baseada na medição de risco detectada. A recomendação da cúpula da PF partiu do diretor-executivo, Sandro Avelar, número dois na hierarquia do órgão. Fica sob sua responsabilidade o cuidado da segurança dos candidatos.

Segundo o ofício redigido para as superintendências encaminharem às secretarias estaduais, a direção da PF afirma que o “cenário atual evidencia a necessidade de somarmos esforços, haja vista o acirramento das relações entre correligionários dos principais candidatos e os incidentes já registrados na fase de pré-campanha eleitoral”.

A PF também classifica como “complexa” a tarefa de realizar a segurança dos presidenciáveis. Integrantes da polícia afirmam que essa deve ser a mais preocupante eleição da história por causa da polarização instalada no país. Aos estados o órgão diz que espera contar com o serviço de inteligência das instituições, a força preventiva e ostensiva das Polícias Militares, o emprego de batedores e a disponibilidade dos Corpos de Bombeiros —além do apoio de órgãos de trânsito.

Um dos objetivos do envio do documento é definir um responsável em cada estado para centralizar a comunicação rotineira durante o processo eleitoral para que ela se dê de forma mais ágil. O trabalho de segurança da PF se dá somente na proteção dos presidenciáveis e terá início logo após a homologação de cada candidatura em suas respectivas convenções, a partir de 20 de julho.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, por exemplo, informou já ter recebido o ofício da PF e se preparar para dar o apoio necessário. “Recebemos o ofício e estamos a postos. Vamos dar total apoio para a PF. Temos 30 mil homens aqui e estamos prontos para ajudar. Vamos mobilizar todo mundo que for demandado”, disse Sandro Caron, chefe da pasta.

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