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PGR se manifesta contra pedido para levantar sigilo de conversas entre Aras e empresários golpistas

Procurador-geral da República, Augusto Aras
Foto: REUTERS/Adriano Machado

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se, nesta quarta-feira (31), contra o pedido para levantar o sigilo das conversas entre o procurador-geral da República, Augusto Aras, e os empresários bolsonaristas, que foram alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na semana passada após defenderem um golpe de Estado, em um grupo de WhatsApp, caso Lula (PT) vença as eleições deste ano.

O pedido para tornar as conversas públicas foi dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES). Os parlamentares afirmam que as mensagens deveriam ficar públicas para o “escrutínio social e amplo das reais intenções de determinadas autoridades federais”.

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, disse que os senadores estão tentando se “autopromover” durante o “período eleitoral”.

“Constantes e reiteradas petições de agentes políticos no Supremo Tribunal Federal tem se afigurado como estratagemas para possíveis intenções midiáticas daqueles que, cada vez mais, endereçam pedidos abusivos e descabidos à Suprema Corte e, ainda, chicana nas redes sociais, confessando o esquema”, afirmou a vice-procuradora.

Segundo Lindôra, os senadores não têm legitimidade para pedir acesso a informações sigilosas. Ela ainda os acusa de tentarem avançar sobre prerrogativas que são particulares dos órgãos de investigação.

“Referidos parlamentares, investidos de típica função legislativa não podem, de forma anômala, intentarem assumir a condução investigativa e proceder à persecução, usurpando as funções precípuas das autoridades investigativas competentes, sob pena de violação à própria separação de Poderes estabelecida constitucionalmente”, disse.

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