Piloto de kart que fez gesto nazista é demitido

Foi demitido o piloto Artyom Severyukhin, de 15 anos, acusado de ter feito um gesto nazista depois de ganhar a primeira prova do Campeonato Europeu de Kart Junior, que ocorreu no último domingo (10), em Portugal. No pódio, o adolescente bateu duas vezes no peito e depois estendeu a mão direita para a frente com a palma da mão aberta, rindo na sequência.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou um comunicado para relatar que vai investigar o caso e declarou que o comportamento do rapaz é “inaceitável”. A entidade removeu dos sites e perfis das redes sociais materiais da vitória do russo.
O jovem teve autorização para participar da competição representando a Itália, já que a Rússia sofreu sanções por causa da guerra contra a Ucrânia. O Automóvel Clube da Itália (ACI) repudiou a ação do atleta e prometeu tomar medidas contra Artyom.
A Ward Racing havia manifestado que estava “profundamente envergonhada” pelo comportamento do russo e tinha a intenção de rescindir o contrato do piloto.
“As ações de Severyukhin foram exclusivamente pessoais e de forma alguma representam as visões e valores da Ward Racing que, pelo contrário, condena a invasão russa da Ucrânia e expressa sua solidariedade com seu povo que sofremos um terrível ataque injustificado”, escreveu a equipe Ward Racing.
Piloto de kart que fez gesto nazista se defendeu
Artyom se defendeu. “Gostaria de pedir desculpas a todos. Enquanto estava no pódio, fiz um gesto que todos entenderam como nazista e não foi o caso. Nunca apoiei o nazismo e o vejo como um dos crimes mais repugnantes contra a Humanidade. Estava correndo sob licença italiana, ganhei a corrida com a bandeira italiana, e os caras embaixo do pódio estavam me mostrando que é comum na Itália bater no peito, no coração, para expressar gratidão. Estava tentando fazer aquele gesto”, comentou.
“Como todo o resto aconteceu, não posso explicar. Sei que sou culpado, sou estúpido e estou preparado para as consequências. Peço que me entendam que não houve apoio a nazismo ou fascismo, nenhum desejo de insultar espectadores, pilotos, torcedores e equipes. Me perdoem”, concluiu.