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Pinhão cozido: sabor de inverno nas mesas do Sul

Pinhão cozido. Foto: Divulgação

Com a chegada do inverno nos estados do Sul, o aroma do pinhão cozido anuncia a estação mais fria do ano e resgata tradições enraizadas na cultura regional. Semente da araucária — árvore símbolo do Sul do Brasil —, o pinhão é consumido há séculos por povos indígenas e, mais tarde, pelos colonos europeus que se espalharam pelo interior. Cozido em água com sal por cerca de 40 a 60 minutos, até que a casca se rompa, ele revela um sabor terroso, levemente adocicado e altamente nutritivo.

Nas festas juninas, em rodas de chimarrão ou nos encontros de família, o pinhão aparece como protagonista ou coadjuvante. Pode ser saboreado puro, com manteiga derretida por cima, ou integrado a farofas, sopas encorpadas, tortas salgadas e até sobremesas. Sua textura firme e seu valor nutricional tornam essa iguaria uma escolha saudável e versátil nos cardápios de inverno.

Mais do que um alimento sazonal, o pinhão representa a memória afetiva da vida no campo, das conversas ao redor do fogão a lenha e do vínculo com a terra. Cada semente traz consigo a história de gerações que fazem do simples ato de cozinhar um gesto de afeto e identidade.