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Pítons invasoras dominam parte da Flórida e rumam para o Norte nos EUA

Píton birmanesa
Píton birmanesa – Reprodução

Os esforços feitos para retardar a proliferação de pítons birmanesas em Everglades, na Flórida, nos últimos 20 anos, foram em vão. Apesar da contratação de pessoal, voluntários treinados e, até mesmo, uma caça anual, as cobras gigantes estão seguindo para o norte, alcançando West Palm Beach e Fort Myers e ameaçando cada vez maiores extensões do ecossistema, relata o jornal The New York Times.

Essa conclusão veio de um estudo científico sobre as pítons publicado em março pelo Serviço Geológico dos EUA. A pesquisa deu destaque à dificuldade de conter as cobras gigantes desde que foram documentadas pela primeira vez como uma população estabelecida no Estado, em 2000.

Não se sabe exatamente há quanto tempo as pítons vivem na Flórida, com que frequência se reproduzem ou como sua população cresceu, mas o estudo chamou o problema das cobras de “um dos mais intrincados problemas de gestão de espécies invasoras em todo o mundo”.

A maneira como elas viajam também é um mistério, mas o estudo tem a teoria de que a rede de canais e os diques do sul da Flórida “pode facilitar o movimento de longa distância das pítons”, embora deslizar e nadar para locais ao norte possa demorar.

“Uma píton transitou continuamente por 58,5 horas e viajou 2,43 quilômetros em um único dia”, explicou a pesquisa a respeito de uma cobra seguida por meio de rastreamento por rádio. O estudo afirma que novas pesquisas devem ser feitas e que controlar a propagação da espécie é fundamental para proteger Everglades, pois levantamentos anteriores descobriram que pítons birmanesas dizimaram espécies nativas do Sul da Ásia, como aves pernaltas, coelhos do pântano e veados de cauda branca.

As pítons encontradas na Flórida mediram mais de 4,5 m e pesaram mais de 90 kg, e mesmo os filhotes podem ter mais de 0,5 m de comprimento. O caso se tornou mais alarmante por conta dos bilhões de dólares investidos pelo Estado e pelo governo federal, gastos na restauração de Everglades, chamando as espécies invasoras de “uma das maiores ameaças ao sucesso da restauração”.

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