PL ameaça cortar verba de candidatos que continuarem escondendo Bolsonaro

A campanha de Jair Bolsonaro (PL) tem usado o fundo eleitoral para tentar fazer com que candidatos do Partido Liberal se engajem no projeto de reeleição do presidente. Nomes importantes da legenda têm deixado de mencionar apoio ao atual chefe do governo nas publicações feitas em suas redes sociais e, para os cargos de deputado federal e estadual, a agremiação já anunciou que pretende usar o caixa das campanhas como instrumento de pressão.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, gravou um vídeo para ser compartilhado no Rio de Janeiro e afirmou que a verba do partido é pequena para as proporções atuais da legenda, por isso criou algumas condições para a distribuição do dinheiro. De acordo com a divisão feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PL vai receber R$ 288,5 milhões do fundo eleitoral.
“O partido hoje triplicou de tamanho e continuamos com o mesmo fundo. Então é o seguinte: nós vamos repassar o dinheiro só para quem estiver na campanha com o Bolsonaro, com o Cláudio (Castro) e com o Romário. Precisa ter na propaganda os três. Nós vamos passar em partes, o dinheiro, e vamos ter esse controle. Isso é vida ou morte para nós”, disse, em mensagem que também foi encaminhada em versão escrita.
Um levantamento feito pelo jornal O Globo com 14 dos principais candidatos do PL aos governos estaduais e ao Senado mostrou que os perfis de cinco políticos citaram Bolsonaro em menos de 10% de suas postagens no Facebook, principal plataforma digital no país, nos últimos três meses. Cláudio Castro e Ronaldo Dimas, que tentam se eleger governadores no Rio e no Tocantins, são os que menos manifestam apoio ao presidente.
Já se tratando da disputa pelo Senado, Romário (RJ) e os ex-ministros Flávia Arruda (DF) e Rogério Marinho (RN) são os que menos exploram a imagem do atual chefe do governo. Com o pleito se aproximando e os dados das últimas pesquisas, as postagens envolvendo o ocupante do palácio do planalto tem ficado mais escassas.
Com isso, o Partido Liberal adotou a estratégia de “fechar a torneira” como forma de exigir apoio a Bolsonaro, o que resultou na ordem de Valdemar Costa Neto, direcionada a todos os diretórios da legenda, condicionando o acesso ao fundão.
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