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PM acusado de estuprar filha de 10 anos pede punição a servidora que o denunciou

O coronel aposentado da PM Luiz Enrique de Souza Ikeda – Foto: Reprodução

Na segunda-feira (2), Luiz Enrique de Souza Ikeda, coronel aposentado da Polícia Militar (PM) e réu por estuprar a própria filha quando ela tinha 10 anos, foi até a Prefeitura de São Carlos, no interior de São Paulo, para pedir que a conselheira tutelar que denunciou o caso seja investigada e punida. A solicitação foi feita dois dias após a divulgação de um áudio em que ele admite ter abusado da menina em pelo menos duas ocasiões.

Ikeda acusa a conselheira de falso testemunho e de violar o sigilo do processo ao comentar o caso em um podcast. De acordo com a defesa, “apenas foi protocolado um questionamento, nos termos da Constituição Federal, a fim de apurar por que motivo um servidor público, vinculado ao dever de sigilo funcional e processual, compareceu a um podcast para emitir juízo de valor sobre fatos ainda sob apuração”.

A conselheira já havia obtido, em 2020, uma medida protetiva contra Ikeda. O coronel, que se aposentou em agosto de 2024, atualmente responde a um processo administrativo e pode ser excluído da corporação. Em interrogatório, ele admitiu os abusos, mas afirmou que caiu em um “golpe” ao ser gravado pela filha em 2017.