PM acusado de matar estudante de medicina pede medida protetiva contra pai da vítima

Os policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, acusados de matar o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, pediram à Justiça uma medida protetiva contra o pai da vítima, o médico Julio Cesar Acosta Navarro, de 60 anos. O pedido foi protocolado na sexta-feira (25) pela defesa dos dois PMs, que são réus por homicídio qualificado e seguem em liberdade. Segundo o documento, Navarro teria tentado agredir Macedo durante uma audiência realizada no último dia 10.
O advogado dos réus alegou que o comportamento do pai causou temor pela integridade física de Macedo, justificando o pedido para que Navarro não se aproxime do policial. O médico, no entanto, disse ter sido surpreendido com a solicitação e afirmou: “Eu queria encarar esses dois covardes. Oito meses sem respostas. Eles deveriam estar presos”. A defesa da família afirma que o pedido é uma tentativa de intimidação e que não há urgência, já que o episódio citado ocorreu há mais de duas semanas.
A advogada Nayara Uzoukwu classificou o pedido como “absurdo” e lembrou que os réus não devem manter contato com testemunhas. Ela também criticou o fato de que, mesmo denunciados por homicídio doloso, os PMs continuam em liberdade e exercendo funções internas na corporação.