Governadores temem insurgência da PM e monitoram agentes em caravanas para ato golpista
A relação entre governos estaduais e tropas da Polícia Militar (PM) está tendo um clima tenso. Gestores estaduais se incomodam com a organização de caravanas para ato golpista em Brasília e acenderam alerta.
Em Mato Grosso, há policiais da ativa cadastrados em caravanas que sairão de Cuiabá para o Distrito Federal. Na Bahia, o mesmo ocorre.
Governadores têm monitorado possíveis atos de indisciplina, apesar de não tratarem dos casos publicamente, segundo a Folha. Ao mesmo tempo, promotores e juízes se movimentar para coibir a presença de PMs da ativa nos atos.
O Código Penal Militar prevê penas de 2 a 8 anos de prisão para crimes como incitação à indisciplina, conspiração e motim.
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Governadores do Nordeste temem insurgências da PM
No Ceará, após o motim que ocorreu em 2020, autoridades temem que haja novas insurgências. Apesar da tensão, acredita-se que a experiência do ano passado tornou o estado mais preparado para coibir os golpistas.
Na Bahia, o governo monitora os policiais da reserva com pretensões eleitorais. Eles têm insuflado a adesão às manifestações. É o caso do Soldado Prisco, deputado estadual que liderou os motins da PM da Bahia em 2012 e 2014.
Pernambuco, por sua vez, tem um clima de tensão entre o governo estadual e as tropas desde as manifestações do 29M. Na ocasião, policiais reprimiram manifestantes. Dois homens perderam a visão de um olho por conta dos agentes.
À época, o comandante-geral da PM foi exonerado pelo governador Paulo Câmara.