Da APEOC
O Sindicato APEOC vem, por meio desta nota, se posicionar duramente contra abordagem de policiais militares na Escola Estadual Valdemar Falcão, no bairro Álvaro Wayne, em Fortaleza.
Inaceitável a postura da Polícia Militar, na ação truculenta ocorrida na manhã da segunda-feira (2), na referida Escola. A instituição de tempo integral foi surpreendida com uma equipe da PM pedindo autorização para entrar em uma sala de aula, com o argumento de um diálogo com os educandos sobre supostos gestos e xingamentos proferidos contra eles policiais.
No entanto, para surpresa de todos, o que se viu foi uma abordagem grotesca para o ambiente escolar, os garotos foram colocados contra a parede, revistados, dado buscas em seus pertences enquanto ouviam palavras de chulas e ofensivas por parte da força policial. Uma situação que expôs a coordenação a um sentimento de impotência sobre a ação, onde todos ficaram em estado de choque com a cena.
O medo, a insegurança, o pavor de alguns alunos e alunas foram o sentimento vivido pela coordenação e os demais atores daquela sala.
Inúmeras violações de direitos humanos foram cometidas contra os estudantes – da negação ao direito à educação, constrangendo e ameaçando todos de serem colocados dentro do “camburão” e levados para a delegacia de menores infratores.
Diante de fatos tão arbitrários por parte da PM em um espaço sagrado que deve ser a sala de aula, o Sindicato APEOC denuncia esse abuso e cobra providência por parte do comando da Polícia Militar do Ceará, como também um posicionamento e providencia por parte da SEDUC e do gabinete do Governo do Estado. Não podemos permitir que ações como estas voltem a ocorrer em nossas escolas, não nos subordinaremos a tentativa de criação de uma atmosfera de terror em nossas escolas.
Nossas escolas, seus alunos e profissionais da Educação estarão sempre abertos ao diálogo com todos os setores que desejam contribuir com uma educação libertária, humanista e diversa.
O fato ocorrido na Escola Estadual Waldemar Falcão não é isolado, e se vincula à crescente militarização dos espaços escolares em todo o país, estimulada pelo Governo Federal por meio do programa cívico militar, lançado em 2019, pelo Ministério da Educação, que visa o controle dos corpos, sobre tudo da população negra e pobre.
Em um contexto de profundos cortes de recursos das políticas educacionais e sociais, a sociedade brasileira precisa dar um basta a esse imenso retrocesso, e defender o direito constitucional à Educação Pública de qualidade contra a atuação obscurantista de grupos que destroem a educação brasileira e criminalizam a juventude negra e pobre do nosso país.
O presidente da APEOC, Anizio Melo, comunicou o ocorrido à vice-governadora, Izolda Cela, e à secretária da Educação, Eliana Estrela.
Fortaleza 02 de março de 2020
Sindicato APEOC
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