PM mata chefe de milícia e caos se instala com ônibus sequestrados e incendiados no Rio

Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, líder da maior milícia do Rio de Janeiro e braço-direito de Zinho, foi morto em um confronto com policiais na noite de sexta-feira (7). O episódio aconteceu durante uma operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil na Favela do Rodo, em Santa Cruz, Zona Oeste da cidade.
Durante a troca de tiros, além de Pipito, dois de seus seguranças também foram baleados e estão hospitalizados. Os três foram atingidos pelos disparos, mas nenhum policial ficou ferido. Pipito foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Rocha Faria, onde chegou já sem vida.
Em resposta à morte de Pipito, três ônibus foram sequestrados e usados como barricadas na Avenida Antares, em Santa Cruz, e um deles foi incendiado. Essa reação, embora em menor escala, relembra os acontecimentos de outubro, quando a morte do sobrinho de Zinho resultou na queima de 35 ônibus.
Desde a prisão de Zinho no ano passado, Pipito tornou-se uma figura proeminente na organização criminosa, sendo apontado como seu sucessor. No entanto, seu fortalecimento dentro do grupo resultou em conflitos internos e até mesmo em mortes entre os próprios membros da milícia.