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PM que deixou estudante em coma é afastado das ruas

Do Jornal O Popular:

O capitão Augusto Sampaio de Oliveira Neto, subcomandante da 37ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), que agrediu, nas manifestações da greve geral de sexta-feira, o estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, está fora do policiamento das ruas por determinação do comandante da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), coronel Divino Alves.

Sem se identificar, um tenente-coronel disse que o uso indevido da força por parte do PM se deu pela falta de armamento químico, o que não foi confirmado pela corporação.

O titular da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), Ricardo Balestreri, usou as redes sociais na manhã de hoje para condenar a agressão ao estudante, que se encontra em estado grave na UTI do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

O primeiro golpe em Mateus o atingiu com força na cabeça. “Todo policial tem o conhecimento elementar de que para imobilizar alguém não pode atingir a cabeça ou os genitais. Aliás, qualquer pessoa adulta e racional tem esse conhecimento”, escreveu o secretário.

Ainda na nota, publicada no Facebook, Balestreri diz que as intervenções policiais não são para machucar, mas para imobilização e condução à “autoridade encarregada do processo de responsabilização.

“A polícia tem, sim, o direito e o dever de reprimir atos delinquenciais, sempre utilizando a boa técnica e o uso progressivo e proporcional da força, conforme estipulado pela ONU e por todos os bons procedimentos operacionais padrão.”

O secretário frisa em diversos pontos na nota que não quer emitir um julgamento sobre a ação de Sampaio. Em um deles, fala sobre a necessidade de investir em capacitação. “Nem sempre a polícia recebe o nível sofisticado de capacitação que requer e os equipamentos não letais necessários para a progressão racional da força.”