PMs confessam assassinato de perito da Polícia Civil no Rio de Janeiro

Quatro pessoas foram presas na madrugada deste domingo (15), pelo sequestro e assassinato de um policial civil no Rio de Janeiro. Segundo as investigações da 18° DP (Praça da Bandeira), Renato Couto, de 41, anos, era perito papiloscopista e foi capturado em uma viatura da Marinha, depois de se encontrar com o empresário Lourival Ferreira Lima, pai do militar Bruno Santos Lima. A visita aconteceu porque Couto queria checar se materiais de uma obra tinham sido furtados e levados para um ferro velho de propriedade do empresário.
A delegada Adriana França, responsável pelo inquérito e titular da 18° DP, disse que os quatro presos, incluindo dois sargentos e um cabo do 1° Distrito Naval, confirmaram participação no crime e forneceram detalhes sobre o assassinato. Um helicóptero da Polícia Civil sobrevoa a região em busca do cadáver.
Assassinos foram acusados de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver
Os relatos do crime apontam que o policial Renato Couto havia recuperado parte dos objetos furtados em um outo ferro-velho próximo ao Morro da Mangueira. Depois de ter encontrado uma esquadria de alumínio e outras peças da loja de Louro, ambos discutiram e o empresário disse que devolveria o valor restantes, mas ligou para Bruno, supervisor do setor de Transportes do 1° Distrito Naval.
Renato Couto foi então capturado no fim da tarde da sexta-feira, quando Bruno deu um mata-leão e um tiro na perna do policial civil, antes de coloca-lo dentro de uma van. Por volta das 17h policiais do 6° BPM (Tijuca) registraram na 18° DP que um homem foi baleado e colocado em um veículo.
O policial civil teria ainda sofrido outro disparo de arma de fogo na barriga e depois foi jogado no Rio Guandu, nas proximidades da cidade de Japeri, região metropolitana do Rio de Janeiro. Os criminosos pararam em um lava-jato em Nova Iguaçu para limparem o veículo, mas uma perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) identificou resíduos de sangue dentro da viatura e na mureta próxima ao rio.