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PMs matavam criminosos que não pagavam propina no Rio, revelam mensagens

PMs matavam criminosos que não pagavam propina no Rio, revelam mensagens
Material apreendido com PMs alvos da Operação Mercenários
Foto: Reprodução

Em maio deste ano, o sargento Adelmo Guerini foi preso, na operação Mercenários, após a divulgação de conversas com outros agentes, também acusados de integrar operação criminosa na Baixada Fluminense. Ele fazia parte do batalhão de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, o 21º BPM. De acordo com as mensagens, os policiais teriam matado criminosos que não pagavam as propinas negociadas pelos policiais.

Segundo a investigação do MPRJ, Guerini e outros agentes mataram um homem e desviaram R$ 2,7 mil apreendidos com ele.

 

Parte da conversa

 

Entre fevereiro e abril de 2020, Guerini teria participado de quatro operações que resultaram em mortes. Dentre as ações, em duas dessas os agentes são acusados de desviar parte do material apreendido. Nas outras duas, as mensagens revelam que os criminosos foram mortos porque não pagaram propina.

Já os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), constaram o roubo dos R$ 2,7 mil e perceberam que as mensagens enviadas por Guerini no WhatsApp não batiam com o registro de ocorrência do homicídio.

De acordo com a denúncia apresentada pelo MPRJ em maio passado contra Guerini e mais 12 policiais,” desviaram em proveito próprio, a quantia de R$ 2.700”. Também estavam na ação e são acusados do crime os sargentos Mário Paiva Saraiva, Fabiano de Oliveira Salgado e Thiago Santos Cardoso e o subtenente Antônio Carlos dos Santos Alves. A operação que culminou no desvio dos R$ 2,7 mil também registrou a morte de um inocente

 

Mais um trecho da conversa

 

Apenas de fevereiro a julho de 2020, período em que Guerini e seus colegas serviram no 21º BPM, foram ao menos 37 homicídios decorrentes de ações da polícia

Tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público afirmaram que as investigações de todos os casos citados ainda estão em andamento. A PM afirmou em nota que “instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para verificar as denúncias apontadas pelo Ministério Público no contexto da Operação Mercenários e há Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD) para verificar a permanência ou exclusão dos policiais”.

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