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PMs que exaltaram Massacre do Carandiru não podem ser expulsos, diz secretaria

Policiais cantam e dançam música em exaltação ao Massacre do Carandiru. Foto: Reprodução

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que não pode expulsar ou afastar os policiais que aparecem em um vídeo cantando um hino sobre o Massacre do Carandiru. Eles são alunos da Academia da Polícia e estão sujeitos apenas a sanções disciplinares. O Comando do Policiamento de Choque investigará as ações mostradas no vídeo, enquanto a Ouvidoria das Polícias solicita a expulsão dos envolvidos.

No vídeo, os PMs chamam os detentos executados de “lixo e escória” e elogiam o coronel Ubiratan Guimarães, comandante da operação em 1992, que foi condenado a 632 anos de prisão e morreu em 2006. As imagens foram postadas em uma rede social, mostrando um soldado liderando o coro, seguido pelos demais militares sorrindo e batendo palmas. A SSP-SP afirmou que a conduta dos policiais não condiz com as práticas da Instituição e que medidas cabíveis serão tomadas.

O Massacre do Carandiru ocorreu em 1992, quando a Polícia Militar invadiu a Casa de Detenção na Zona Norte de São Paulo para conter uma rebelião de presos, resultando na morte de 111 detentos a tiros ou facadas. Os PMs alegaram legítima defesa, afirmando que os presos estavam armados com revólveres e facas. Entre 2013 e 2014, a Justiça de São Paulo condenou 74 policiais pelos assassinatos de 77 detentos, mas nenhum foi preso.

Em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu um indulto a policiais condenados por crimes praticados há mais de 30 anos que não eram considerados hediondos na época. A constitucionalidade do indulto ainda será analisada pelo Supremo Tribunal Federal.

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