Apoie o DCM

Polícia Civil prende mãe de crianças estupradas e mortas carbonizadas

Do Em Tempo:

A pastora Juliana Pereira Sales Alves, mãe das duas crianças molestadas, agredidas e brutalmente assassinadas no dia  21 de abril, foi presa na madrugada desta quarta-feira (20). Conforme a Polícia Civil de Minas Gerais.

O pedido de prisão foi expedido na última segunda-feira (18). No momento da prisão, ela estava na casa do advogado da família com o filho mais novo, de um ano e um mês, e não mostrou resistência. A criança foi encaminhada ao Conselho Tutelar.

Juliana deve ser encaminhada ao presídio do município até o fim desta tarde, mas vai ser transferida para Linhares, interior do Espírito Santo (ES), onde o esposo, o pastor George Alves, está preso desde o dia 28 de abril.

Na noite em que as crianças morreram, Juliana estava em Minas Gerais em um congresso evangélico com o filho caçula, enquanto o esposo havia ficado na residência do casal, em Linhares, com os dois filhos mais velhos.

Relembre o caso

No dia 21 de abril, em Linhares, no Espirito Santo, Joaquim Alves Salles, de três anos, e Kauã Salles Butkovsky, de seis anos, foram mortos em um incêndio dentro do quarto da casa onde moravam.

Inicialmente, o pastor George Alves, que estava sozinho em casa com as crianças, disse à polícia que eles morreram em um incêndio que atingiu apenas o quarto onde as vítimas dormiam.

George Alves chegou a chorar durante entrevista à imprensa. Ele disse que tentou salvar as crianças, mas não conseguiu. Entretanto, segundo a polícia, a versão dele não estava de acordo com os fatos apurados durante as investigações.

Dois dias após o crime, a Polícia Civil constatou por meio de vários exames que o pastor estuprou, agrediu e matou o próprio filho e o enteado.

Abuso, agressão e morte

O delegado responsável pelo caso, André Jaretta, disse que “conjunto de indícios demonstra que, naquela madrugada, o investigado, inicialmente, molestou as duas crianças, tanto o filho biológico Joaquim quanto o enteado Kauã, mantendo um ato libidinoso”.

Na tentativa de esconder o estupro, Alves agrediu o próprio filho no banheiro. Vestígios de sangue comprovaram o DNA de Joaquim. “Com as duas vítimas ainda vivas, porém desacordadas, o investigado as levou até o quarto, as colocou na cama e ateou fogo nas crianças, fazendo com que elas fossem mortas com o calor do fogo”, explicou Jaretta.

André Jaretta explicou que, depois de tudo, George saiu de casa e não chamou socorro, até que alguém aparecesse.

“Feito isso, o investigado foi para a parte externa da casa e, sem que abrisse o portão, ficou andando de um lado para o outro, até que vizinhos vissem o cenário e, por conta própria, prestassem auxílio”, disse.

O acusado está preso temporariamente desde o dia 28 de abril porque mudou o local do crime e fez contato com testemunhas, segundo a polícia. George Alves foi indiciado por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulneráveis. A soma máxima das penas pode chegar a 126 anos.