Polícia de SP aguarda há 3 anos demissão de Bilynskyj, deputado bolsonarista

A Polícia Civil de São Paulo aguarda há três anos a conclusão do processo de demissão do delegado e atual deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), integrante da “bancada da bala”. A recomendação para afastá-lo foi feita em junho de 2022, meses antes de sua posse na Câmara, mas segue sem homologação do governador. Desde outubro de 2022, ele está sem distintivo e sem arma funcional, enquanto responde a três procedimentos administrativos, conforme informações do Metrópoles.
Entre os episódios que embasam o pedido de demissão está uma publicação no Instagram de Bilynskyj divulgando uma escola de concursos onde lecionava. O anúncio mostrava homens negros conduzindo uma mulher para um quarto, insinuando abuso sexual, com a frase: “E aí… a situação fica preta!”.
O Ministério Público abriu inquérito por apologia ao estupro e racismo. O caso resultou em um processo contra o delegado licenciado e dois representantes da escola, que firmaram acordo de não persecução penal já cumprido.
Durante as investigações, Bilynskyj tentou atribuir a publicação à namorada, a modelo Priscila Barros, de 27 anos, morta em 2020 após atirar seis vezes contra ele e, segundo a versão oficial, se suicidar. Ele apresentou três versões distintas sobre a responsabilidade da jovem, o que levou o relator do pedido de demissão, delegado Luís Storni, a afirmar: “Inexiste qualquer indício de que [isso] seja crível”.