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Polícia descobre fábrica clandestina de bebidas com metanol ligada a mortes em SP

Fábrica clandestina onde eram produzidas bebidas adulteradas com metanol, ligadas à morte de duas pessoas em SP – Foto: Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo localizou, em São Bernardo do Campo, uma fábrica clandestina de bebidas suspeita de produzir as garrafas que resultaram na morte de duas pessoas por intoxicação com metanol. Segundo as investigações, o local atuava de forma ilegal adquirindo etanol adulterado em postos de gasolina e misturando o produto a bebidas como vodka. A descoberta ocorreu durante as apurações sobre as vítimas da Zona Leste da capital paulista, que consumiram o mesmo tipo de bebida em um bar.

Durante a operação, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão e desmantelaram o esquema. “A proprietária do local será presa em flagrante por crime de adulteração de bebidas”, informou a polícia. Ela responderá por falsificação e corrupção de produtos alimentícios, com pena de reclusão de 4 a 8 anos e multa. O laudo pericial apontou teores de metanol entre 14,6% e 45,1% nas garrafas apreendidas no bar frequentado por uma das vítimas, o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos.

A investigação também envolve a morte de Bruna Araújo, de 30 anos, após consumir vodka com metanol em uma festa em São Bernardo. Policiais da Delegacia de Meio Ambiente e do Grupo de Operações Especiais (GOE) cumpriram oito mandados de busca em endereços ligados ao bar e à distribuidora das bebidas suspeitas. Celulares e computadores foram apreendidos, e suspeitos prestaram depoimento.