Polícia Federal investiga se governo Bolsonaro está bancando manifestações do 7 de setembro
A equipe de Bolsonaro está sendo investigada pela Polícia Federal. A PF quer saber qual a participação do Palácio do Planalto na organização dos protestos de 7 de setembro. É averiguado se o grupo do presidente vem financiando a manifestação com dinheiro.
Segundo a CNN, duas pessoas prestaram depoimentos sobre o caso. Eles foram questionados porque ocorreram encontros deles com integrantes poderosos do governo.
O caminhoneiro Zé do Trovão foi perguntado sobre o encontro que teve com os ministros Augusto Heleno e Gilson Machado. Ele nega que as reuniões foram para falar dos atos.
Os delegados da PF também indagaram se ele sabia quem está financiando o movimento. O caminhoneiro declarou que através de doações por Pix. “Que não houve aporte de dinheiro público para os fins do movimento em questão; Que não sabe o motivo para a coleta de dinheiro de particulares para financiar o movimento ser transferido para uma chave PIX ligada à Coalizão Pró-Civilização Cristã”, diz trecho do depoimento.
Os policiais dizem que tem mais detalhes sobre a organização dos atos e fez questionamentos sobre isso. “Que ao ser perguntado sobre outro vídeo publicado no Youtube, no dia 17 de agosto, no qual Bruno Henrique Semczeszm diz que a concentração inicial dos apoiadores do seu movimento irá acontecer na sede do Parque Leão, uma empresa de eventos localizada no Recanto das Emas/DF, que tem como sócios Maria Marques Costa Leão e Stefânia Marques Leão Fernandes, o declarante respondeu que não conhece essas pessoas; Que não sabe quem foi o responsável por localizar e alugar esse espaço: Que não sabe qual foi o valor pago pelo aluguel, Que não sabe a conta que o valor ele foi ou seria depositado”, afirma outra parte do depoimento.
O delegado ainda quis saber qual a participação da deputada Carla Zambelli nos protestos. Ele relatou que o apoio é ideológico.
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Ministros de Bolsonaro se manifestaram
Augusto Heleno foi perguntado pela CNN sobre o caso. Ele negou participação nos atos. “Já estive com alguns caminhoneiros em encontros fortuitos. Jamais conversei sobre paralisações ou manifestações. Foram sempre conversas apolíticas e apartidárias mostrando a importância da categoria e o esforço de vários setores do governo em apoiá-los e atender suas demandas”, afirmou.
Gilson relatou que teve encontro com os organizadores, mas de forma casual. Eles se viram enquanto almoçavam em um restaurante e parou para tirar fotos a pedidos deles.
Carla comentou que tem divulgado o protesto, mas não é organizadora. Comentou que apenas vai participar da manifestação em São Paulo.