Polícia gaúcha investiga ameaças de bolsonaristas a menina com síndrome de Down
Reportagem de Fernanda Canofre na Folha de S.Paulo informa que No dia 24 de outubro, a veterinária Daniela Pimentel Chaves, 43, estava na sala de casa, preparando a mochila para a filha ir à escola, como todos os dias. O marido fazia o almoço na cozinha e a menina, de 8 anos, se arrumava no quarto. Ela parou quando encontrou, entre os livros, um pedaço de papel com o recado: “negro na senzala/gay no armário/retardado na apae/ B17”.
De acordo com a publicação, a assinatura faz referência à candidatura do presidente eleito no domingo (28), Jair Bolsonaro (PSL). Nas redes sociais, Daniela havia se manifestado a favor de Fernando Haddad (PT). “Eu tenho uma posição política bem definida, quem me conhece sabe. Então, acho que usaram ela para me atingir. No primeiro momento, amassei e botei no lixo, mas fiquei com aquilo entalado na garganta. Mostrei para o meu marido e fomos à polícia”, conta à Folha.
O caso aconteceu em Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul. O casal registrou um boletim de ocorrência e procurou a escola onde Maria Eduarda, que tem síndrome de Down, estuda há três anos. Eles acreditam que o bilhete tenha sido colocado na mochila ainda no local, completa a Folha.
