A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando se Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar, tentou fugir por medo de ser preso após os atos terroristas que depredaram as sedes dos Três Poderes no último dia 8.
De acordo com um boletim de ocorrência registrado pela ex-mulher de Naime e obtido pela coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, ele planejava ir para a Bahia com a atual esposa e os filhos do primeiro casamento.
A Polícia Militar já apura a informação de que o ex-comandante teria retardado a atuação da PM no dia das manifestações golpistas, com a intenção de deixar os bolsonaristas fugirem. Naime foi exonerado do cargo alguns dias após os atos, mas nega as acusações.
Já o BO, feito no dia 9, Tatiana Lima Beust, ex-mulher dele, relatou à Polícia que recebeu a ligação de um de seus filhos, que tem 8 anos e estava passando as férias com o pai. A criança contou que ele planejava viajar às pressas para a Bahia e sua madrasta, Mariana Fiuza, teria ameaçado bater neles “de cinto” caso revelassem os planos de fuga para alguém.
Após o telefonema do filho, Beust disse que foi à casa onde Naime mora com sua atual esposa para buscar as crianças, mas foi agredida pela mulher com uma barra de ferro. O exame de corpo de delito foi acrescentado às investigações.
Agora amparada pelo BO, Beust aguarda a Justiça do DF emitir uma medida protetiva contra Naime e Fiuza, impedindo-os de contato com ela e seus filhos.
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