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Polícia Penal atira na cara de presidiários com bala de borracha e cega dois na Papuda

Laudo aponta que médica foi obrigada a tirar pedaços de olho do rosto do presidiário (Crédito: Metrópoles)

Do Metrópoles.

Pelo menos dois internos do Complexo Penitenciário da Papuda teriam ficado cegos após ação da polícia penal dentro do presídio, localizado em Brasília.

Durante ação dos agentes supostamente para conter uma briga no pátio da cadeia, detentos receberam tiros de borracha a um metro de distância, conforme laudo ao qual o Metrópoles teve acesso, e perderam completamente os globos oculares. Também tiveram ferimentos pelo corpo.

O caso ocorreu em 29 de maio de 2020. Durante a ação policial penal, Elvis Gabriel, 27 anos, e Elcimar Júnior Alvez Evangelista tiveram os corpos, olhos e cabeças atingidos por balas de borrachas disparadas pelos agentes que tentavam conter a briga no pátio do presídio.

Documentos do Hospital de Base e de clínicas de olhos apontam que os médicos responsáveis pelo atendimento dos detentos só puderam, em cirurgia, retirar “os restos” dos olhos dos pacientes.

Desde então, as famílias tentam levar remédios para os internos, pedir uma apuração rigorosa dos fatos e que os culpados pelo que consideram “atrocidade” sejam punidos, mas dizem não receber respostas.