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Policiais amotinados no Ceará buscam apoio para escapar de punição

Policiais militares encapuzados e sem farda se reúnem em protesto na cidade de Fortaleza

Do El País:

Dez dias depois de o senador Cid Gomes ser baleado ao tentar entrar com uma retroescavadeira em um batalhão de policiais aquartelados em Sobral, os grevistas do Ceará tentam angariar apoio popular e sair da paralisação sem punições. O foco da batalha saiu dos quartéis —ainda há três ocupados em Sobral, Caucaia e Fortaleza, assim como uma escola da capital, tomada por eles neste final de semana— e passou para a esfera política.

O governador Camilo Santana (PT) tentou aprovar neste sábado às pressas uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual que proíbe a anistia dos policiais amotinados, a principal reivindicação atual do grupo para colocar um fim ao movimento. Mas o deputado opositor André Fernandes (PSL), apoiador do movimento, pediu vistas e a votação acabou adiada.

O movimento já dura 13 dias e repensa estratégias para tentar angariar apoio popular. Os grevistas chegaram a gravar vídeos distribuindo alimentos e tentam explicar à população suas reivindicações, defendendo-as como legítimas. As marcas do episódio que levaram ao violento atrito com Cid Gomes, entretanto, ainda são profundas e abalaram um movimento que já não tinha grande apoio popular.

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