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“Policiais cobraram R$ 40 milhões para me livrar de inquérito”, disse empresário morto em aeroporto

Empresário e delator do PCC, Vinícius Gritzbach foi executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos na última sexta (8). Foto: Reprodução

O empresário Vinícius Gritzbach, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) morto a tiros na última sexta (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), afirmou à Corregedoria da Polícia Civil que um delegado e um investigador cobraram R$ 40 milhões para livrá-lo de um inquérito. Ele denunciou o caso em depoimento prestado oito dias antes do atentado.

Segundo a coluna de Josmar Jozino no UOL, o pedido teria sido feito pelos responsáveis pelo inquérito que apura as mortes de dois integrantes do PCC e envolve o crime de duplo homicídio. Vinícius foi acusado de ser o mandate dos assassinatos de Anselmo Bechelli Santa Fausta (38), o “Cara Preta”, e o comparsa Antônio Corona Neto (33), o “Sem Sangue”, que ocorreu em dezembro de 2021.

O delator afirmou que os policiais receberam R$ 1 milhão e que o valor foi entregue pelo dono de uma loja de carros na zona leste paulistana. Os próprios agentes teriam ido pessoalmente a um restaurante para receber o dinheiro.

No depoimento, o empresário ainda relatou que dois agenciadores de jogadores de futebol pagaram R$ 10 milhões à dupla para não serem presos. Cada um teria ficado com R$ 5 milhões cada após o arquivamento de um inquérito.

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