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Policiais do Rio matam em operações em busca de fuzis mesmo voltando sem nenhuma arma

Da Folha:

Viatura da PM-RJ. (Foto: Reprodução)

(…) O ano com recorde histórico nas mortes provocadas por policiais (2019) teve 162 delas sem apreensão de arma de fogo ou explosivo, conforme mostra levantamento feito pela Folha a partir do cruzamento de microdados do ISP (Instituto de Segurança Pública) e da Polícia Civil.

O número inclui tanto ocorrências sem apreensão como casos em que o total de mortos é menor do que a quantidade de armas recolhidas nos supostos confrontos.

Isso representa 9% do total de óbitos pelo Estado em 2019. Outros 13% foram mortos com apreensão de fuzil, e 60% com pistola, a arma mais comum. A morte sem apreensão de arma não é, por si só, prova de um homicídio sem legítima defesa pelo policial.

(…) Os dados obtidos pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação também mostram o confronto como principal estratégia de desarmamento do crime. Quase metade das apreensões de fuzis (47%) e um terço (31%) das apreensões de pistolas em 2019 foram feitas em ocorrências com morte.

(…)