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Policiais Militares estão irritados com Bolsonaro; Veja o motivo

Veja o PM
Polícia Militar de São Paulo. Foto: Divulgação

Relação entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e os policiais militares sofreu abalos, aponta uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

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Policiais Militares irritados

Representantes da categoria que, há poucos meses, era vista como uma possível apoiadora do governo numa eventual ruptura democrática, tamanha a fidelidade, avaliam agora que promessas não foram cumpridas.

Apesar do apoio orgânico ao presidente, sobretudo entre os praças das corporações, eles estão dispostos a abrir diálogo com outros pré-candidatos ao Palácio do Planalto em 2022.

Programa de crédito habitacional lançado em setembro pelo governo para agradar o setor teve efeito contrário e virou nova fonte de reclamação da classe, que integra a base de apoio.

A insatisfação se soma a outras, provocadas também por medidas que limitaram progressões e ganhos salariais principalmente para as tropas de fora de Brasília – a polícia do DF tem os maiores salários do País e conseguiu um reajuste em plena pandemia de covid-19.

O Habite Seguro, que visa facilitar a aquisição de imóveis por agentes da segurança pública com juro baixo, foi lançado, via medida provisória, em cerimônia no Palácio do Planalto que contou com a presença dos principais ministros do governo.

Iniciativa foi elaborada para atender a uma demanda de associações de policiais. Dois meses depois, as mesmas entidades reprovam o programa por considerá-lo demasiado restritivo e avaliarem que não cumpre o propósito. As queixas já chegaram ao governo, que tenta contorná-las.

Escalado para receber as reclamações, em um encontro com representantes das polícias em Santa Catarina, no último dia 11, o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, prometeu levá-las a Bolsonaro.

Ministros Paulo Guedes, da Economia, e Anderson Torres, da Justiça, foram acionados para estudar providências.

Essas entidades estimam em 53% o déficit habitacional nas polícias, situação que empurra agentes de segurança para as periferias, e apontam que as exigências para adesão ao Habite Seguro o tornam menos atraente do que outros programas do governo, como o Casa Verde e Amarela.

O plano habitacional está sendo considerado uma “barca furada”, segundo interlocutores das polícias com o governo, por entenderem que há mais marketing do que resultado.

Reclamações aparecem também nas redes sociais de Bolsonaro. “Vossa Excelência poderia analisar juntamente com o senhor ministro Paulo Guedes as condições do programa Habite Seguro? Sou policial militar da Bahia e na cidade onde moro o valor disponível não é suficiente”, escreveu um policial.

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