Policiais organizam mobilizações contra Bolsonaro e greve não está descartada

Foto: Reprodução
Policiais têm se incomodado com a falta de cumprimento de promessas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e debatem mobilização, não descartando greve. Ainda nesta semana, classes internas da PF devem fazer protesto contra afirmação do governo de que não será utilizado o R$ 1,7 bilhão reservado no Orçamento para reestruturar as carreiras da segurança.
“Naquela agenda ele falou que a reestruturação estava andando, ele ia nos estados e falava que iria reestruturar. Apesar de nenhuma entidade participar e discutir os termos da reestruturação, essa era a promessa”. Afirmou Marcus Firme, presidente da Fenapef.
Além disso, foi decidido na última terça-feira (19) que a A Fenapef ficará em estado de prontidão e mobilização permanente. Está marcada para o dia 28 de abril uma manifestação em todos os estados para cobrar posicionamento do governo.
Na terça, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal se reuniu para decidir qual será sua posição até a noite da quarta-feira (20). A Associação Nacional dos Peritos Federais Criminais apresentou propostas em reunião e a votação sobre quais serão as medidas a serem tomadas deve sair de uma votação prevista para sexta-feira (22).
A reforma da previdência e o descontentamento dos policias
Além da reestruturação, as classes policias citam as perdas com a reforma da Previdência e a PEC Emergencial, aprovadas em março de 2021 com apoio da base do governo. Nela, é previsto gatilho para congelamento de salário e proibição de progressão na carreira e novas contratações sempre que houver decretação de estado de calamidade ou quando a relação entre despesas correntes e receitas correntes alcançar 95%.
No entanto, afirmam os policiais, havia a promessa de deixar os policiais de fora, porém, no fim das contas, o acordo não foi cumprido.
“Há uma insatisfação, não se descarta nada. A categoria está muito tensa, muito difícil segurar as insatisfações. O pior cenário que tem é de frustração diante de um compromisso feito, uma expectativa criada e que não é cumprida”, disse Luciano Leiro, presidente da ADPF
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