Policiais ou bandidos? Mantida em sigilo investigação sobre tiroteio em Juiz de Fora
A Polícia Civil de Minas Gerais mantém em sigilo os nomes dos dois empresários que estavam na negociação que resultou no tiroteio entre policiais, com a morte de um e o ferimento grave em outro, cada um de um Estado. O morto é de Minas Gerais, o ferido de São Paulo. Com os policiais de São Paulo, foram encontrados 15 milhões de reais, em notas falsas. Tem algo muito grave no episódio. O jornal O Estado de Minas Gerais publicou reportagem sobre o assunto:
“Aos poucos, o mistério em torno do tiroteio entre policiais civis de Minas Gerais e de São Paulo na tarde de sexta-feira, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, vai sendo esclarecido. A Polícia Civil já sabe que o confronto ocorreu em meio a uma transação suspeita entre dois empresários, um de Juiz de Fora e outro de São Paulo. Os investigadores já levantaram também que os policiais de Minas Gerais escoltavam o empresário mineiro, enquanto os de São Paulo garantiam a segurança do empresário paulista. Os agentes mineiros foram autuados por prevaricação, enquanto parte do grupo paulista foi enquadrada no crime de lavagem de dinheiro e parte foi liberada. Um segurança particular, que acompanhava o grupo de São Paulo, está internado em estado grave no Hospital Monte Sinai e foi autuado pelo homicídio do policial de Juiz de Fora morto no confronto. Por fim, o empresário paulista, que fugiu após o tiroteio, foi autuado por tentativa de estelionato, já que ele é apontado como o dono dos R$ 15 milhões apreendidos em notas falsas.”
É preciso esclarecer o que faziam lá os policiais de São Paulo e os de Minas, dando suporte de segurança a uma negociação criminosa.