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Policiais que venderam cocaína ao PCC por R$ 5 mi voltam a trabalhar em SP

Em 2022, policiais aprenderam 400 kg de cocaína, mas entregaram apenas 26 kg. Foto: reprodução

Três agentes da Polícia Civil de São Paulo, acusados de vender 400 quilos de cocaína para o Primeiro Comando da Capital (PCC), retornaram ao trabalho após um afastamento de 1 ano e 7 meses. Nesse período, os policiais Artur Oliveira Dalsin, Marcelo Inácio Vasconcelos Silva e Lucas Valente responderam a um processo na Justiça Federal, mas continuaram a receber seus salários normalmente, que chegam a R$ 7,7 mil mensais, já que ocupam a Classe Especial na corporação.

Em 2022, os agentes foram presos enquanto atuavam na Delegacia de Combate a Entorpecentes de Santos, acusados de desviar uma carga de cocaína apreendida em Cubatão, que teria como destino a Europa pelo Porto de Santos. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o trio negociou com o advogado de Vinicyus Soares dos Santos, o “Evoque”, apontado como dono da droga e integrante do PCC, para a devolução do entorpecente em troca de R$ 5 milhões.

A transação foi revelada a partir de conversas no celular do advogado João Manoel Armôa Junior, apreendido durante a Operação Diamante, também em 2022. Evoque foi preso na operação, e buscas no escritório de Armôa revelaram informações que resultaram na Operação Antítese.

Interceptações feitas pela Polícia Federal apontaram que os policiais planejavam reuniões e, segundo o MPF, agiam para beneficiar membros do PCC em outras investigações. Em abril de 2023, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) ordenou o afastamento dos agentes.

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