Policial ajudou seu amante a matar aluna trans “com extrema violência”, conclui MP

O Ministério Público de São Paulo denunciou o policial militar da reserva Roberto Carlos de Oliveira por participar do assassinato da estudante da Unesp Carmen de Oliveira Alves, mulher trans. Segundo a denúncia apresentada à Justiça na segunda-feira (20), o PM ajudou Marcos Yuri Amorim, seu amante, a cometer o crime “com extrema violência” contra sua então namorada em um sítio no dia 12 de junho.
De acordo com as investigações, Marcos Yuri agrediu Carmen até ela desmaiar e cair no chão. Roberto Carlos chegou pouco depois e prestou “auxílio moral e material mútuos” para consumar o assassinato. A promotora Laís Deguti descreveu que “os denunciados concorreram para a morte de Carmen, mediante atos de extrema violência contra a vítima, que deram causa à sua morte”.
Os acusados tomaram diversas medidas para encobrir o crime. Marcos Yuri desligou a internet do sítio, enquanto Roberto Carlos deixou o celular em casa antes de se dirigir ao local. O corpo de Carmen teria sido colocado em uma lona e transportado na caminhonete do PM, sendo depois abandonado próximo a um rio junto com uma barra de ferro utilizada no crime e a bicicleta da vítima.
Os dois também destruíram evidências digitais. Marcos apagou uma pasta do celular da estudante intitulada “Yuri Trambiques”, e ambos destruíram os aparelhos celulares da vítima e do acusado, jogando os fragmentos em um acostamento. Além da dupla, outras três pessoas foram indiciadas pelo crime.
