Por que a Anvisa proibiu o ‘Xarope da Vovó’? Entenda a decisão

A Anvisa determinou a apreensão de todos os lotes do “Xarope da Vovó Isabel”, conhecido também como “Xarope da Vovó”, por estar sendo comercializado sem registro sanitário. A decisão, publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (18), também veta a fabricação, venda, distribuição, propaganda e importação do produto, que era vendido em feiras, mercados, farmácias e na internet com a promessa de combater doenças respiratórias.
Segundo a agência, o produto não tem fabricante regularizado e contraria as normas da legislação sanitária brasileira. Com preço médio de R$ 15, o xarope era rotulado como “100% natural” e sugeria tratar bronquite, pneumonia, tosse e inflamações na garganta.
A embalagem, de aparência artesanal, indica o uso de ingredientes como cebola branca, óleo de copaíba, mel de Jataí e babosa, além de recomendar três colheres de sopa diárias. A Anvisa alertou que qualquer pessoa ou empresa que divulgue ou venda o xarope poderá ser responsabilizada.
Na mesma resolução, o órgão também proibiu outros quatro produtos do Grupo Nutra Nutri Ltda: Colágeno + Vitamina C, L-Treonato de Magnésio, Espinheira Santa e Curcumyn Long (extrato de cúrcuma longa 95%). A empresa não tem autorização para fabricar medicamentos. Além disso, foi proibido o lote L42158 da toxina botulínica conhecida como Botox, após a empresa Beaufour Ipsen informar que não reconhece o lote como autêntico, caracterizando falsificação.