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Por que algumas pessoas não suportam coentro? A resposta está na genética

O coentro nas modalidades semente, fiolha e extrato. Foto: New Africa | Shutterstock / Portal EdiCase

O coentro é uma erva amplamente usada na culinária brasileira, especialmente no Norte e no Nordeste, mas desperta amor e rejeição em igual medida. Enquanto muitos o consideram essencial para dar frescor e aroma aos pratos, outras pessoas o descrevem como tendo cheiro de sabão ou gosto metálico — e isso tem explicação científica.

Pesquisas indicam que essa aversão está ligada a fatores genéticos, especialmente a uma variação no gene OR6A2, responsável por detectar aldeídos, compostos aromáticos presentes no coentro. Essas substâncias também estão presentes em produtos de limpeza e sabão, o que explica a associação sensorial feita por algumas pessoas.

Ou seja, para quem tem essa variante genética, o coentro realmente tem um cheiro desagradável, não sendo apenas “frescura” ou questão de paladar. Essa diferença individual no olfato é mais comum em algumas populações e pode variar de pessoa para pessoa — inclusive dentro da mesma família.

Essa descoberta ajuda a explicar por que o coentro pode dividir tanto opiniões: para alguns, é perfume de comida boa; para outros, é puro incômodo.