Por que comissários cruzam os braços ou se sentam sobre as mãos durante voos?

Imagem: Thinkstock/via Freeimages
Durante pousos e decolagens, é comum observar comissários de bordo sentados com os braços cruzados ou as mãos sob as coxas. A prática, longe de ser casual, é parte de um protocolo de segurança com base em estudos de acidentes aéreos. Essa postura, chamada de “brace position”, visa reduzir o risco de lesões em situações de impacto ou desaceleração brusca da aeronave.
Ao manter as mãos sob as coxas, com palmas voltadas para cima e polegares fechados, os tripulantes evitam que os braços se movimentem involuntariamente durante choques. Já a alternativa de cruzar os braços, adotada por companhias como a Gol, cumpre o mesmo papel de contenção, ajudando a manter o corpo estável e diminuindo o risco de traumas nos braços e na cabeça.
A escolha entre uma posição e outra depende do tipo de assento utilizado pelos tripulantes. Assentos voltados para frente ou para trás e cintos de quatro pontos exigem variações específicas na postura, como posicionar os pés atrás dos joelhos ou manter o queixo encostado no peito, para proteção da coluna cervical. Todas as instruções constam nos manuais operacionais das companhias aéreas.
Esses procedimentos são fruto de protocolos internacionais consolidados, aplicados após análises de incidentes reais. Ao adotar essas posturas, os comissários estão preparados para agir rapidamente e com segurança em caso de emergência, além de servirem como referência visual de calma e controle para os passageiros.