Por que empresário “patriota” seguiu sua rotina após matar gari, segundo delegado

O empresário Renê da Silva Nogueira Junior é acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte no dia 11 de agosto. Segundo o delegado Evandro Radaelli, após o crime ele manteve a rotina normalmente para não levantar suspeitas, chegando a almoçar em casa, guardar uma arma em sua mochila e passear com seus cães. Para a polícia, a estratégia tinha o objetivo de ocultar provas e dificultar testemunhos contra ele.
Renê será indiciado por homicídio qualificado, ameaça contra a motorista do caminhão de coleta e porte ilegal de arma de fogo. A pistola usada no assassinato foi apreendida em sua residência e pertence à esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, que é investigada pela Corregedoria da Polícia Civil mineira por possível imprudência, mas não é suspeita de participação no crime. A soma das penas pode chegar a 36 anos de prisão.
Preso desde o dia do crime, o empresário nega as acusações, mas a polícia afirma ter provas que o colocam na cena, incluindo imagens e o veículo de luxo utilizado. A investigação segue em andamento para detalhar a frequência com que Renê portava a arma e esclarecer todas as circunstâncias do homicídio.