Por que igrejas, empresas e escolas estão proibindo falar sobre política

Com as eleições se aproximando, muitas famílias, igrejas, empresas e escolas têm trabalhado para restringir o assunto política, em uma tentativa de evitar discussões acaloradas. Uma reportagem do jornal O Globo traz alguns exemplos disso.
A especialista em comunicação institucional Letícia Fernandes, de 22 anos, foi proibida de falar sobre política dentro e fora do terreiro de Umbanda que frequenta.
“Confesso que estranhei um pouco o fato de não me posicionar em lugar nenhum, só nas urnas. Vou cumprir porque é a minha fé, o que eu acredito há sete anos”, explicou ela.
Nas escolas, acontece a mesma coisa, mas neste caso o receio de diretores e coordenadores é com os pais, que muitas vezes se incomodam quando o tema é trazido para a sala de aula.
O Globo ouviu alguns docentes que contaram já ter recebido orientações para evitar falar sobre o assunto este ano, mesmo que sem tratar especificamente do ex-presidente Lula (PT) ou do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), que provavelmente se enfrentarão no segundo turno.
No ambiente corporativo também tem sido comum restringir a discussão. Algumas empresas decidiram dar advertências aos funcionários que evoluírem da discussão para o bate-boca. É o caso da companhia de Renata Nunes, de 43 anos.
“Comunicamos aos funcionários que no horário de trabalho não seria conveniente falar sobre política. Pensamos assim porque cada um tem uma opinião, se todos falassem a mesma língua seria mais fácil.