Por que o Brasil retomou voos diretos para a Venezuela após 9 anos

Fraport / Divulgação
Após quase uma década de suspensão, o Brasil voltou a ter voos diretos para a Venezuela. A retomada ocorreu na última terça-feira (5), com a decolagem do primeiro voo operado pela Gol entre o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e o Aeroporto Internacional de Maiquetía – Simón Bolívar, em Caracas. A companhia anunciou que a rota contará com quatro frequências semanais, às terças, quintas, sábados e domingos, todas sem escalas.
Os voos diretos haviam sido interrompidos em 2016, quando Gol e Latam suspenderam as operações devido à dificuldade de repatriar recursos da Venezuela para o Brasil. A medida foi consequência de restrições impostas pelo governo venezuelano na época, que limitavam a compra de dólares e a transferência de valores para o exterior, impactando também companhias estrangeiras como Lufthansa, Alitalia e Air Canadá.
Com a reabertura da rota, a Gol aposta no crescimento da demanda entre os dois países e na retomada de conexões comerciais e turísticas. A expectativa é que a ligação aérea facilite viagens para negócios, turismo e reencontros familiares, em um cenário de reaproximação diplomática e econômica.
O Brasil mantém ainda outras ligações diretas com capitais sul-americanas, como Buenos Aires e Santiago, e agora recoloca Caracas no mapa de voos internacionais partindo de São Paulo. A medida amplia as opções para passageiros e sinaliza um possível reaquecimento no fluxo aéreo entre Brasil e Venezuela.