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Por que o “Navio da Vergonha” é rejeitado por portos ao redor do mundo

Navio cargueiro MV Kathrin. Foto: Divulgação

O governo de Portugal enfrenta um desafio com o navio cargueiro MV Kathrin, que navega sob bandeira portuguesa e pertence a um armador alemão. O navio tem sido constantemente barrado em portos do Mediterrâneo e do Adriático, acusado de transportar explosivos perigosos destinados a Israel para utilização nos territórios palestinos, em meio ao conflito com o Hamas.

O MV Kathrin estaria transportando oito contêineres de RDX (Hexogeno), um explosivo de alto poder destrutivo, encomendado pelo governo israelense. O caso gerou uma reação imediata de organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, que pressionam os governos locais a barrar o navio.

O navio já teve sua entrada negada em diversos portos, incluindo Namíbia, Montenegro, Eslovênia, Croácia e mais recentemente na ilha de Malta, após intensa pressão de grupos humanitários. Em Malta, o grupo Moviment Graffitti liderou uma campanha para impedir a atracação, afirmando que o país seria cúmplice de um eventual genocídio contra palestinos, caso permitisse o desembarque dos explosivos.

A empresa proprietária do MV Kathrin já solicitou a mudança de bandeira para outro país, prática conhecida como “Bandeira de Conveniência”, que permite que navios sejam registrados em nações diferentes das de seus proprietários. No entanto, enquanto esse processo não for concluído, o navio não pode atracar em porto algum, o que favorece os esforços dos grupos humanitários que visam impedir a chegada dos explosivos a Israel.

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