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Por que o processo de Gilmar contra Monica Iozzi é típico caso de perseguição judicial

Do blog de Edmundo Leite no Estadão:

A condenação da atriz Monica Iozzi a pagar R$ 30 mil ao juiz Gilmar Mendes, da mais alta corte jurídica do País, é o mais novo caso de perseguição judicial do Brasil. Valendo-se do direito que todos têm de recorrer ao judiciário, alguns membros desse poder abusam da prerrogativa com o claro objetivo de calar e amedrontar críticos.

A estratégia é bem conhecida nos meios jurídicos. Processa-se alguém por qualquer motivo e transforme a vida de outra pessoa num inferno burocrático, mesmo sabendo que a causa poderá ser perdida mais adiante. Sem forças para lutar contra tal arbítrio, é comum que pessoas seguras de sua inocência entrem em acordo com a parte processante apenas para se livrar do martírio.

Recentemente, juízes do Paraná entraram com várias ações judiciais em vários cidades diferentes contra repórteres de um jornal para azucrinar a vida dos jornalistas que publicaram os seus super-salários, obrigando-os a uma rotina de viagens para depor.

Quem está no meio judiciário leva vantagem nessa prática por conhecer seus meandros e atalhos, como é o caso de Gilmar Mendes, que aparentemente conta com uma eficiente estrutura para monitorar o que é dito sobre ele e tacar processos, que no seu caso correm rapidamente, como esse contra a atriz conhecida por sua irreverência e espírito crítico.